quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Fundação Benfica


Para muitos o titulo de "Maior Clube do Mundo" é a glória suprema e motivo de defesa a quem queira achincalhar o clube.
A mim pouco me diz.
O que me enche de orgulho é acções como esta, a criação de uma fundação para ajudar os mais carenciados.
É nos actos que se avalia a grandeza de um clube.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Belenenses 0-0 Benfica

Noite de temporal no Restelo, avizinhava-se um jogo muito complicado pois normalmente as equipas do Jaime Pacheco são muito aguerridas e difíceis de bater. Pois bem o inicio do jogo começou por ser bastante interessante com alguns lances de perigo para ambos os lados, Pablo Aimar pelo lado do Benfica e Zé Pedro pelos de Belém. Durante a 1ª parte o jogo foi bastante vivo com os lances de maior perigo a surgirem na sequência de bolas paradas.
Na 2ª parte o Benfica foi a única equipa que procurou chegar ao golo e logo nos primeiros minutos poderiam te-lo conseguido não fosse a falta de inteligência de Suazo que na cara de Júlio Cesar prefiriu lançar-se para a piscina do que fazer o golo. Depois foi mais do mesmo com o Benfica a carregar e o Belenenses a tentar aproveitar um contra-ataque algo que nunca conseguiu. De registar um excelente lance de Maxi Pereira que merecia melhor sorte.

Queria ainda aproveitar algo que tenho notado neste Benfica e que não consigo entender o porquê de Quique insistir, temos dois pontas de lança no plantel Suazo e Cardozo, cada um deles com características diferentes. Suazo é um jogador explosivo que alia a velocidade ao poderoso remate e Cardozo que apesar de ser lento também tem um poderoso remate e que marca uma maior presença na área, mas que joga mais em equipa. Hoje custou-me ver ficar no banco um jogador como Cardozo e ver outro que lá dentro só se preocupava era em pegar na bola e tentar decidir tudo sozinho, pior foi ainda ver na única vez que poderia realmente ter corrido e decidido o jogo não o soube aproveitar... Ah para não falar na apetência de Cardozo marcar livres e num dia como o de hoje piso molhado poderia ter sido um factor decisivo.

Apesar do empate até gostei da atitude da equipa em especial Katsouranis e Luisão, na minha opinião jogadores que podem devolver alguma da mistica que o Benfica tem perdido. Luisão tem sido um pilar e uma voz de comando muito importante na defesa e no Benfica e Katsouranis é um jogador que equilibra o meio campo e que luta até ao fim para vencer.


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A questão táctica

A táctica apresentada por Quique Flores, continua a ser um tema bastante discutido entre os adeptos encarnados. O descontentamento instalou-se devido à irregularidade exibicional e à inconstante nos resultados. Avaliando o plantel encarnado, julgo que ele está mais talhado para jogar num 4-3-3 do que no 4-4-2, devido à presença de extremos puros( Di Maria e Urreta ), organizadores de jogo( Aimar e Martins ) e ponta-de-lança fixo( Cardozo ). Contudo, penso que o problema não é da táctica, como benfiquista e treinador de bancada, sempre defendi e defendo que qualquer táctica pode ser vencedora, desde que o treinador e os jogadores a consigam interpretar. Na minha opinião, toda e qualquer táctica assenta em três vectores primordiais, concentração defensiva, capacidade de trabalho e velocidade de execução. A origem do desagrado surge, exactamente, na incapacidade de executar o modelo. Vejamos.



- O momento defensivo

O principio defensivo do 4-4-2, diz que as três linhas devem estar próximas umas das outras, para ocupar os espaços e aniquilar a zona de construção de jogo adversária.
O Benfica tem feito o contrário, as linhas jogam afastadas dando muito espaço ao adversário para construir o seu jogo.

- O momento ofensivo

Numa táctica onde, raramente, coabita um maestro que paute o jogo, as transições ofensivas são feitas, sobretudo, pelas faixas com passes e desmarcações rápidas para surpreender os adversários.
O Benfica, raramente, tem surpreendido os adversários, quase sempre apresentando um futebol lento e demasiado previsível na sua construção.

O incumprimento destas fases do jogo revela que o trabalho desenvolvido não é satisfatório. Incompatibilidade, inadaptação ou incompetência, podem ser várias as razões que fazem o 4-4-2 ser alvo de criticas, mas digo sem rodeios, fosse qual fosse a táctica as razões persistiriam. O problema não é a táctica. O problema é a equipa não transmitir o lema do clube, ET PLURIBUS UNUM. Não estou aqui a mudar o alvo das criticas, até porque a equipa é o reflexo do clube e o clube é de todos, mas é fundamental que o lema seja a força dominante no Benfica. Cabe ao presidente e à direcção transmitir a divisa, os técnicos e os jogadores assimilá-la e retribuir dedicação e, os adeptos serem gratos e apoiarem.
É de mística que falo.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Benfica 1 - Belenenses 0

Mais um jogo da Taça da Liga, mais uma vitória! Com este inicio de frase podíamos até ter esperança que as coisas estivessem a mudar, mas para mim foi mais do mesmo deste nosso Benfica 2008/2009. Um jogo com poucas oportunidades em que se destacaram para mim dois jogadores: Katsouranis e Aimar, um pela consistência que tem demonstrado nas suas exibições, e o outro pelos excelentes passes que foi fabricando ao longo do jogo. Vou fugir á tentação de falar sobre Di Maria, pois apesar da boa exibição no jogo contra o Olhanense, e apesar do passe para o golo de Katso, continua a não me convencer.
Voltando ao jogo, 1ª parte muito calma, com ambas as equipas a encaixarem-se bem no meio campo, que deu em poucas oportunidades de golo, valendo-nos o cabeceamento do grego mesmo no final do 1º tempo. Excelentes 30 min da 2ª parte, com remates dos nossos jogadores, com alguma emotividade, mas eis que chegam os últimos 15 min (do costume) do nosso Benfica... a ascensão do Belenenses com a nossa defesa a encostar atrás, e um guardião que (a meu ver) não inspira confiança nas saídas á bola nem resolve, quer socando para a frente, quer no polémico lance do golo invalidado ao Belenenses...
Resumindo, como é óbvio gostei da vitória, sou do Benfica, mas vamos ver os próximos jogos a ver se a consistência se mantém...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Taça da Liga - Benfica - Olhanense 4 - 1

Quique Flores fez entrar esta noite o 24º onze, em 25 jogos disputados esta temporada, testou jogadores em diferentes posições, lançou jogadores menos rodados mas, no essencial, ficou tudo na mesma. A equipa continua a revelar ser incapaz de asfixiar o adversário, passando por diversos momentos de aflição, continua a colocar os 11 jogadores dentro da área sempre que sofre um canto e, apesar de hoje ter havido momentos de vivacidade ofensiva, continua a ser um futebol sem chama. Ficam duas coisas do jogo, os 4 golos marcados o que é sempre de realçar nos tempos que correm e a presença do melhor jogador que vi jogar futebol, Diego Armando Maradona.


Aí se eles os dois pudessem jogar com aquela camisola...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Makukula


Mais um tiro ao lado....

Ver Braga por um canudo...ou quase


Devo confessar que não tive oportunidade de ver o nosso Benfica jogar porque o tio Bill e o seu Internet Explorer não se dao muito bem com os players da tvtuga.Mas segundo as informações recolhidas nos orgãos de comunicação social, foi um jogo equilibrado em que um defesa, David Luis fez o que os avançados do benfica não fizeram ,acertar na baliza.Foi um golo polémico,alegadamente o David estava fora de jogo.Errado.O juiz de linha diz que David Luis estava em jogo e acertadamente o senhor arbitro validou o golo.Opinião contraria tem o treinador do Braga que diz que David Luis esta fora de jogo 3 metros e vendo as imagens televisivas, David Luis esta em jogo.

Devo agora referir alguns aspectos positivos do jogo com o Braga.Primeiro a hora do jogo,apesar de nao ser ideal (18 horas) e bem melhor do que ver jogos as 9.30 da noite,porque se querem ver estadios cheios não é com jogos á noite que enchem estadios.Em segundo lugar a vitoria sobre um adversario sempre dificil.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Quique Flores, o homem certo

Surgem os primeiros movimentos de contestação ao treinador, não tarda veremos os alvos lenços desfraldados na Luz. Pergunto, para quê? Para quê voltar à velha história de pedir a cabeça do treinador após os maus resultados. Que frutos trará? Certamente, os mesmos de sempre, nenhum. Não estou contra a contestação, ela é necessária e perceptível, mas acredito que trilhar este caminho é um tremendo erro, pois julgo que Quique Flores é um bom treinador para relançar o clube na senda dos êxitos e, sobretudo, o Benfica tem de assumir de uma vez por todas um ano zero. Já chega de revoluções e reconstruções, desde a época 2004/05 em que fomos campeões nacionais, a equipa já conheceu 3 directores desportivos, 5 treinadores, 3 modelos de jogo e foram contratados 49 jogadores. Basta.

Um dos motivos da contestação é o modelo de jogo, o 4-4-2, o que não deixa de ser irónico quando sabemos que a maioria dos adeptos prefere um esquema de dois avançados. Quique Flores tem mostrado ser avesso a alterações tácticas, parecendo, por vezes, ter falta de capacidade para ler o jogo. Mas será isso ou será que ele quer que a equipa assimile bem o modelo de jogo? E será que Quique está a escolher o modelo errado em função do plantel que tem ou, será que os jogadores não tem correspondido às expectativas criadas por ele? Mas se hoje existem razões para contestar, convém lembrar que este modelo já foi motivo de alvissaras quando o Benfica defrontou Sporting, Nápoles e Marítimo.

Inteligente e esclarecido, Quique Flores tem tudo para singrar no Benfica, quem como ele tem a clarividência para definir e identificar as situações, possui as qualidades para ser um bom profissional. Confesso admirador do seu discurso arguto, lembro algumas referências importantes.

"... temos que criar uma mentalidade vencedora."

Quique afirmou-o no arranque da temporada conseguindo sintetizar, numa palavra, os problemas que afectam o clube, a mentalidade. O Benfica, desde o presidente à massa adepta, vive agarrado ao passado glorioso do clube e, acredita que o que se conquistou ontem chega para ganhar amanhã, no entanto, o mundo vive em permanente transformação e o futebol não foge à regra. O Benfica do passado era um clube dominador que construiu uma reputação mundial, era visto por técnicos e jogadores como topo de uma carreira, o sonho de criança. Era a mística o alicerce das vitórias. Hoje tudo é diferente, o legado perdeu-se nas inúmeras revoluções, o Benfica deixou de dominar em Portugal e perde-se nos corredores da Europa, os jogadores olham o clube como um entreposto para mais altos voos, servem-se da camisola em vez da sentir. A mística desapareceu. É a resistência a esta realidade que trava a criação de uma nova mística.

"Em Portugal é difícil habituar os jogadores ao trabalho físico"
Esta frase faz parte de uma entrevista concedida ao El País, antes do jogo com o Trofense mas publicada depois do jogo. Mais uma vez, Quique é perspicaz no seu discurso tocando num problema que afecta não só o clube como o futebol português. Provavelmente, estará aqui a explicação para tantas lesões que tem afectado a equipa, reside aqui a razão para a incapacidade do Benfica manter um ritmo de jogo elevado. Ora se as leis dizem que o aspecto físico é, a base que sustenta os aspectos técnicos e tácticos, encontramos aqui um travão à rápida e sustentada aquisição de dinâmicas no modelo de jogo.

"Não posso admitir que durante os treinos exista responsabilidade, empenho e dinâmica e, depois, nos jogos aconteça o que aconteceu, mas isso é uma missão que eu tenho de resolver."

Proferida após o jogo da Trofa, Quique mostra uma das virtudes do seu discurso, o assumir das responsabilidades, factor determinante na personalidade de um treinador.

Outras referência podia recordar, mas estas bastarão para o leitor tirar as suas conclusões.
Para mim Quique Flores é o homem certo.
Por quê?
Por que Quique é realista nos objectivos, metódico na gestão, inteligente nas análises e coerente nas decisões.
Por isso, eu acredito.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Taça da Liga - 2009

O glorioso iniciou esta época a participação na taça da Liga, numa semana bastante complicada, primeiro porque vinha de uma péssima exibição na Trofa, depois porque desde 7 de Dezembro que não venciam, muito embora só tivessem havido 4 jogos, na qual teve 3 derrotas e um empate.
Como tal o jogo desta noite que já de si, se avizinhava difícil ainda se tornava mais custoso, mas depois de todas as adversidades o Benfica entrou hoje em Guimarães com a intenção de rectificar a má imagem deixada nos últimos jogos.
A exibição de hoje foi muito conseguida, talvez influenciada pelo golo madrugador, que terá certamente permitido jogar com mais serenidade. O Benfica jogou essencialmente no contra-ataque, tentando aproveitar a velocidade de Di Maria, Suazo e Balboa, fazendo recuar um pouco Aimar, para tentar lançar estes jogadores. Devo dizer que não é o estilo de jogo que gosto mais, mas concordo que no jogo de hoje em que o Guimarães iria procurar a vitória, seria o sistema mais apropriado. O Benfica procurou nas transições defesa ataque não arriscar e sempre existia pressão do adversário enviavam a bola para a frente tentando encontrar Suazo no meio dos centrais e quando não eram pressionados os jogadores nunca arriscavam nos passes.
No global o Benfica sem fazer um grande jogo na 1ª parte, na 2ª geriu bem a vantagem e se no ataque tivessem um pouco de mais calma, poderiam ter partido para outro resultado.
Uma pequena nota gostei imenso de Miguel Vitor, extremamente concentrado e eficaz apenas com uma falha na 1ª parte, Moretto pareceu-me merecer mais atenção e por último Carlos Martins definitivamente não o coloquem no meio campo para defender, hoje provou ser um jogador que sabe jogar atrás do ponta de lança, ou seja como um 10.

Aproveito também para fazer um pequeno comentário relativo ao jogo na Trofa, mau de mais para ter sido verdade, Binya provou não ter qualidade para jogar no Benfica e na minha opinião Quique Flores tem de começar a preparar melhor os jogos com equipas que se fecham muito no meio campo e que só exploram o contra-ataque.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Uma noite inacreditável II

Ainda na ressaca de uma derrota humilhante, ao folhear os jornais de hoje e assistindo aos noticiários televisivos procurava uma razão que justificasse aquela exibição. Não a encontrei, pelo contrário, surgiram ainda mais dúvidas. Encontrar a justificação certa no futebol é tarefa complicada, para cada um dos seis milhões de benfiquistas existe uma,, a sua, para alguns a culpa é do treinador, para outros o Binya não devia jogar, alguns culpam o árbitro, para outros o Benfica não devia ter jogado com as camisolas brancas e por aí fora. Eu também tenho a minha mas não vou falar dela nestas linhas, vou antes constatar dois factos ocorridos nos últimos dias.

Facto 1 - Quique Flores deu um voto de confiança aos seus jogadores, após o regresso das mini férias afirmou que o actual plantel lhe dava todas as garantias para vencer o campeonato, afirmação depois sublinhada por Rui Costa. Juntemos a isto todo o apoio dedicado pela massa adepta mais o facto de o Benfica ser o lider do campeonato, à entrada para esta jornada, defrontando o lanterna vermelha. O que faltou então para que a imagem deixada fosse diferente?

Facto 2 - Na passada sexta-feira, Quique Flores disse que o projecto de Rui Costa para o Benfica, passa por integrar jogadores da formação do clube com jogadores de craveira internacional. Dando corpo a esse projecto, o Benfica assinou o quinto contrato profissional com outros tantos jogadores dos juniores. Como resposta à confiança depositada, este domingo no Seixal, os juniores empataram a uma bola com o V. Setúbal numa fraca exibição onde a igualdade só foi conseguida através de uma penalidade muito duvidosa. O que se passou com os nossos meninos, foi o peso da responsabilidade ou um assomo de vedetismo?

Preocupante e desconcertante.

Aguardemos os próximos jogos na esperança que tudo seja diferente.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Uma noite inacreditável

O glorioso entrou na Trofa pressionado pelas vitórias dos rivais, portanto com a obrigação de ganhar para manter a liderança. E o Benfica logo demonstrou que tinha intenção de ganhar, pois aos 5 minutos já o guardião do Trofense tinha feito uma boa defesa e o Benfica tinha ganho 3 cantos. Só que acabou aqui. Incompreensivelmente, no restante jogo a equipa limitou-se a ganhar cantos e a ficar, estatisticamente, com mais posse de bola. A exibição foi decepcionante e deveu-se muito à nulidade do meio campo encarnado que, simplesmente, não existiu esta noite. O meu sentimento de frustração é tão grande que não vou me alongar mais, deixo ainda três notas sobre o jogo.

1. A incapacidade de o Benfica conseguir realizar 3 passes certos no meio campo adversário, foram raras as vezes que aconteceram esta noite, as trocas de bola eram feitas sobretudo no meio campo defensivo e as saídas para o ataque foram quase sempre feitas com passe longo. Um sinal preocupante.

2. O deficiente trabalho na defesa de bolas paradas, tal como tem acontecido nos jogos anteriores, vemos os 11 jogadores encarnados na área cada vez que é um livre ou canto contra nós, esta situação impossibilita-nos de ganhar as segundas bolas e, dificilmente conseguimos apanhar os adversários em contra pé. Outro sinal preocupante.

3. A ineficácia no aproveitamento dos 10 cantos e dos livres conquistados no jogo, para cúmulo o 1º golo sofrido nasce de um livre a nosso favor, mais uma vez sem causar perigo e após uma infantilidade de Di Maria que para não deixar a bola sair de campo coloca-a nos pés de um adversário lançando o contra-ataque. Moreira o que foi aquilo?

A liderança está perdida mas muito campeonato há pela frente, deixem as desculpas de lado e façam obra.
Força Benfica.