sábado, 18 de abril de 2009

Quartel-General


O actual período conturbado em que vive o Benfica, afecta todo o comando geral do futebol encarnado. Presidente, Director Desportivo, Treinador e Capitão, vivem momentos de contestação ao seu trabalho e dúvida quanto ao seu futuro. Chega a ser caricato e revelador da instabilidade, intolerância e desorientação do clube.

Luís Felipe Vieira

Não importa que o presidente esteja ligado à recuperação da credibilidade do clube, à construção de importantes infra-estruturas, à capacidade de manter o Benfica como o clube com mais modalidades colectivas em Portugal, à valorização da marca Benfica, à criação de uma extraordinária ferramenta, a BenficaTV e, ao regresso do clube aos títulos. O que importa é que foram poucos títulos, é este o principal argumento dos contestatários e, aqui o presidente é, inteiramente, responsável quando andou a vender ilusões a todos, com equipas maravilhas e títulos europeus. Resulta isto que a contestação é forte e deixa a sua posição muito frágil , em ano eleitoral.

Rui Costa

São lhe atribuidas culpas nos maus resultados obtidos, mas penso que de forma injusta. No seu 1º ano, soube cumprir o seu papel, deu todas as condições ao treinador, mostrou capacidade negocial, defendeu sempre o grupo de trabalho e acompanhou constantemente o plantel. Apenas lhe aponto um erro, a má gestão do dossier Diamantino Miranda. Só que a sua situação é, extremamente, delicada, pois corre o risco de não ser uma aposta de um futuro candidato à presidência, está na corda bamba.

Quique Flores

Os treinadores estão reféns dos resultados e, os do espanhol são fracos. Apesar da conquista da Taça da Liga, o Benfica foi eliminado de forma decepcionante da Taça de Portugal e da Taça UEFA e, no campeonato, os objectivos estão, practicamente, hipotecados. Se juntarmos um futebol desinteressante vemos como o seu percurso é questionado. Não bastando, vê os seus superiores com o lugar em risco. Vida dificil.

Nuno Gomes

Vestiu a camisola 364 vezes (15º da história do clube ) e marcou 155 golos ( 10º goleador da história ) com uma média de 15,5 golos época. Será, certamente, o jogador mais incomprendido da história do clube. Gerador de amores e ódios, sempre lhe exigiram o que ele nunca foi, um ponta-de-lança matador. Sendo certo que nos últimos tempos, Nuno pareça um jogador alheado do jogo, dando a sensação de ter desaprendido de jogar, desempenha com grande mérito o cargo de capitão, para todos os efeitos, é uma refereência do clube e um benfiquista de coração.

É este o ponto da situação, dúvidas muitas, certezas nenhumas. A hora é de convicções e, de preferência, fortes. Eu tenho as minhas. Todos devem continuar, mas que fique certo, se outros ocuparem os cargos, terão o meu apoio incondicional.

ET PLURIBUS UNUM

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