terça-feira, 29 de abril de 2008

A fórmula, paletes de jogadores!

Ano após ano, o Glorioso tem contratado imensos jogadores, esta temporada não foi diferente e o plantel encarnado teve 19 caras novas. Uma vez mais os resultados obtidos foram desastrosos, o Benfica chega ao final da época sem troféus conquistados e, com a agravante de ser uma das piores épocas da história do clube.
Perante estes factos, está legitimado uma nova revolução no plantel?
Julgo que não.
Não se deve avaliar os dados superficialmente, para não se repetirem os mesmos erros, existem questões de fundo que condicionaram os resultados.
Órfã de um director desportivo, foi o presidente a assumir o cargo, no entanto, preocupado na cruzada contra o sistema, não consegui blindar o balneário que foi fustigado com criticas, acabando por ser os jogadores a fazerem a sua defesa.
O interminável número de lesões, foi um parasita que minou qualquer principio de estabilidade do futebol encarnado. Foram vários os jogadores que repetiram lesões ao longo da época. Será o departamento médico incompetente ou má preparação da equipa técnica? O problema deve ser detectado e resolvido.
Os três treinadores que o plantel teve, foram determinantes na instabilidade futebolística da equipa, foram três linhas de pensamento, três adaptações feitas pelos jogadores aos conceitos e objectivos de cada treinador.
A conjectura dos reforços não foi a mais adequada por que incidiu, sobretudo, nos jogadores vindos do estrangeiro que não conhecem o futebol português e, por isso necessitam de períodos de adaptação. Dos 19 reforços, vieram 6 da América do Sul, 1 dos EUA, 1 de África e 5 de campeonatos europeus. Outro factor determinante foi a juventude dos reforços com 12 jogadores abaixo dos 23 anos.
Se avaliarmos estes factores talvez se consiga explicar o descalabro da época e, perceber que o plantel tem qualidade. É óbvio que o glorioso precisa de reforços, não há equipa no mundo que não se reforce, mas não que chegue uma nova palete deles.

sábado, 26 de abril de 2008

Até que enfim, uma vitória!

O final de tarde soalheiro apelava a uma ida ao estádio, para apoiar o Glorioso, do outro lado uma das equipas que melhora pratica futebol, em Portugal, comandada por Jorge Jesus, um bom estratega do nosso futebol. O resultado cifrou-se numa vitória encarnada por dois golos. Mais uma vez a exibição deixou muito a desejar, com pequenos momentos de futebol colectivo e alguns rasgos individuais, foram duas bolas paradas a resolver o jogo. Mas eu não queria bater mais no ceguinho, como se diz na gíria. Já todos perceberam que não seria neste jogo, nem nos dois que faltam para terminar, que vamos ver um futebol organizado.
Quero antes salientar o que de bom sucedeu.
O Benfica fez uma boa circulação de bola, nomeadamente, nos primeiros 10 minutos de jogo e nos últimos 15 minutos, da 1ªparte. O Nelson esteve muito mais concentrado no jogo, o que lhe permitiu fazer boas movimentações no ataque, e esqueceu-se dos sons da bancada que tanto o incomodam. A 1ªparte de Nuno Assis que deu dinâmica ao futebol encarnado, e Cardozo, que contra os críticos continua a provar o seu valor, executando de forma exímia um livre directo para além de outras movimentações muito interessantes. Quero salientar também a presença de Rúben Amorim, no lado belenense, que deixou um aperitivo do que pode vir a fazer na Luz, na próxima época.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O segundo reforço


Jorge Ribeiro é o novo reforço encarnado, para a temporada 2008/09, o boavisteiro regressa a uma casa que conhece bem. Com 26 anos, está realizando uma excelente época reconhecida com a chamada à selecção, apesar de um início de carreira profissional muito conturbado.
Julgo ser uma óptima contratação, pois insiro-a na mesma lógica de Rúben Amorim, português conhecedor do passado encarnado, com talento e experiência. Quero acreditar que vem com o consentimento do Rui Costa, futuro director desportivo, e que este tenha uma ideia do que o futuro treinador idealiza, preparando o plantel para o seu modelo de jogo.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Dragão inexpugnável

O palco era o mais assustador, não bastando a história ser marcadamente negativa, o estádio estava em apoteose com a comemoração do tri. Mais uma vez o Dragão mostrou-se intransponível. No culminar de uma semana desastrosa, a equipa voltou a desiludir, foi triste ver o Benfica jogar para não ser humilhado, subserviente e incapaz. É óbvio que frente a uma equipa personalizada, madura e motivada, seria difícil fazer melhor, mas não serão estes os jogos que fazem recuperar a moral? É angustiante ver a falta de processos tácticos do futebol encarnado, é notório como os jogadores jogam sem conhecerem o que os colegas farão, não existem movimentações coordenadas de qualquer espécie. No fundo, o futebol encarnado resume-se a nada.
Uma palavra para o 1º golo de Lisandro López, como é possível o mau lançamento lateral de Léo, a entrada fora de tempo de Luisão e, para culminar em beleza, a anedótica cobertura de Nelson ao remate portista. Intolerável.
E ainda faltam 3 jornadas para o fim do suplício.

sábado, 19 de abril de 2008

O primeiro reforço

O jovem belenense Rúben Amorim foi anunciado como reforço do plantel encarnado para a próxima temporada. Na minha opinião, julgo ser uma excelente contratação por que respeita requisitos importantes:
É português, não sou xenófobo nem sou contra jogadores estrangeiros, mas é importante o Benfica criar uma identidade digna do seu passado, recuperando a velha mística, para isso é preciso que os jogadores conheçam a história do clube e se identifiquem com ela.
É jovem com experiência, pois com 23 anos de idade cumpre a 5ª temporada na Superliga, ao serviço do Belenenses, sendo presença regular na selecção de esperanças, como titular.
Tem talento, é um médio versátil, jogando como médio interior ou como trinco, lê bem o jogo, movimenta-se bem, possui boa técnica e capacidade de passe.
Será que o Rúben Amorim vai singrar no Benfica?
A resposta só no futuro saberemos, mas passará muito por percebermos se a sua contratação faz parte da estratégia definida pelo futuro treinador ou, é um jogador que vai ser imposto ao dito treinador.
Aguardemos pelos próximos capítulos.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

26 minutos depois, o silêncio!

O meu coração está ferido desde ontem à noite, não consigo suportar a desilusão e mantive um silêncio rigoroso até agora, não tendo conversas sobre futebol.
IIIRRRRRRRRRRRRRAAAAA!!!!!!
Para não gritar outra coisa e ser um malcriado.
Noutras circunstâncias até tinha ficado satisfeito, apesar do resultado adverso, com o belo espectáculo proporcionado pelas duas equipas, 5-3 num derby não acontece todos os dias e deve ser enaltecido. Mas esta dor é fruto de uma época miserável onde não se encontra ponta por onde se pegue. De uma vez por todas temos de perceber, é no Benfica que reside o problema e não apontar para inimigos exteriores. Dirigentes, técnicos, jogadores e sócios e adeptos, na devida proporção são responsáveis pela actual situação que o clube vive.
A direcção, personificada na figura do presidente, deve assumir a responsabilidade pela ruinosa política desportiva, praticada nos últimos três anos, não conseguindo capitalizar o título de campeão. Os técnicos que por ali têm passado, independentemente, da táctica não conseguem motivar e estabilizar uma abordagem coerente ao jogo.Os jogadores devem assumir a responsabilidade pela imagem de falta de empenho e orgulho evidenciada em inúmeros jogos. E aos sócios e adeptos, a responsabilidade pela impaciência e facilitismo com que criam ondas positivas e negativas quase sempre prejudiciais ao clube.
Quando todos fizerem a mea culpa iremos nos tornar mais fortes e, encontraremos a solução para voltarmos aos dias de glória que o clube merece.