Dentro das múltiplas definições que o futebol profissional do Glorioso precisa tomar, existe uma que me causa alguma apreensão, os jogadores portugueses. Num clube que se orgulha de ter sido o último a abrir portas a jogadores estrangeiros, e ainda há poucos anos se prometia a espinha dorsal da selecção nacional, é preocupante o actual estado das coisas. Dos 65 jogadores com contrato profissional com o Benfica apenas 25 são portugueses, desses só 14 estão no processo de escolha de Jesus e, muitos com hipóteses reduzidas de ficarem no plantel. O caso é bicudo quando se sabe que a UEFA impõe que nos 25 jogadores inscritos por cada clube, no mínimo 8 tem de ser da nacionalidade do clube, sendo que desse lote 4 tem de ser formados no clube. Ponto da situação.
- 7 jogadores formados no clube, segundo palavras de JJ Moreira, Roderick e N.Oliveira ficam no plantel, falta pelo menos mais 1. Dos restantes, Miguel Vitór parece não contar para Jesus, Rúben Pinto pela sua juventude deverá ser emprestado, Miguel Rosa concorre com Enzo Perez, Amorim e talvez Danilo, quanto a David Simão disputa o lugar com Aimar, Martins e Bruno César.
- 7 jogadores formados noutro clube, Amorim e em principio Martins e Peixoto, terão lugar no plantel, se a quota dos formados no clube não for cumprida ou cumprida no limite, será necessário mais 1 português. Dos outros, Coentrão ficava de caras mas está de saída, André Almeida e Fábio Faria estão à espera de colocação e Nuno Coelho tem a vida dificultada com Javi e Matic como concorrência.
Não parece fácil a resolução do problema, sobretudo, por que a política de contratações foi um pouco errática, não pela qualidade dos reforços, mas pela deficiente avaliação das necessidades do plantel e enquadramento de jogadores.
Nota final: Com a provável venda de Coentrão, na temporada 2011/12 vamos assistir muitas vezes o Benfica subir ao relvado com 11 estrangeiros na equipa titular. Sem palavras.