Quando daqui por um mês, sensilvelmente, soar o apito final do Benfica - Belenenses, o glorioso dará por finda, não só a época 2008/09 mas, também, duas décadas de colapso desportivo. Os números são esmagadores, 2 campeonatos e 2 taças de Portugal, na década de 90 e, 1 campeonato, 1 taça de Portugal, 1 supertaça e 1 taça da liga, na 1ª década do séc. XXI. Mas não se pense que o colapso atingiu apenas o futebol, as amadoras sofrem do mesmo mal. São 20 anos de muitos erros de gestão, muitas decisões incompetentes que as 6 direcções, que lideraram o clube, tomaram neste periódo. Numa altura, em que se prepara o futuro, é importante identificar os erros cometidos, para que não se vlotem a repetir. Seria, concerteza, uma lista enorme mas escolhi 7 erros capitais.
1. Ausência de um projecto
Despedindo e contratando treinadores ao sabor dos resultados, passaram 20 anos sem que exista um projecto definido do que é o futebol do Benfica. Foram 17 treinadores, em 21 períodos diferentes, com personalidades distintas, conceitos de jogo diferentes e vários métodos de trabalho.
2. Equipas desfeitas
Com tantos treinadores caiu-se no erro de satisfazer as suas vontades, menosprezando o trabalho anterior. Paletes de jogadores chegavam todos os anos, desfazendo equipas feitas, com especial relevo para duas ocasiões. Em meados da década de 90, o Benfica rompe definitivamente com a mística ao dispensar, Veloso, Paneira, R.Águas, Isaías e Mozer. Mais, recentemente, o desfazer de uma equipa que regressava aos titulos, Tiago, M.Fernandes, R.Rocha, Simão e Petit.
3. Formação em colapso
As constantes mudanças e, a crescente necessidade de ganhar, levaram a que a formação fosse esquecida. O Benfica não consegue colocar nenhum talento da formação , na equipa principal e, os titulos tem escasseado também na formação. Para isto, muito contribuiu o facto de, no final da década de 90, terem acabado com as equipas B e C da formação, tendo fugido talentos como Miguel Veloso e Rubén Amorim.
4. Conflitos internos
Ao longo dos 20 anos, o clube tem acumulado diversos conflitos com jogadores que se traduziram num claro prejuízo para o Benfica. Culpabilizar apenas os jogadores é demasiado redutor, a verdade é que se perderam grandes talentos, Paulo Sousa, Hugo Leal, Edgar, J.V.Pinto, Maniche e Manuel Fernandes, sem que se tirasse o devido proveito.
5. Politica de empréstimos
Entrando uma media de 11 jogadores por época, criava-se um enorme grupo de excedentários, com necessidade de colocação. O jogador que caía no lote de emprestados, apenas via a sua desvinculação ao clube adiada. O Benfica não tira proveito dos emprestados, por culpa da sua estratégia, ao não existir cuidado de os colocar em clubes com fragilidades nessa posição ou, em clubes que permitam a sua adaptação ao nosso futebol.
6. Prospecção mal preparada
Ao longo deste tempo, no que respeitou a contratar jogadores, o Benfica decidiu encostar-se aos empresários ficando sujeito às suas imposições e negociatas. Esta situação levou ao abandono do gabinete de prospecção, que não conseguiu captar nenhum talento e, revelou muita falta de conhecimento do mercado.
7. Desportugalização
Num clube que precisou de uma Assembleia Geral, para autorizar a contratação de estrangeiros, é inacreditável o que se têm passado nos últimos anos. A espiral de contratações de jogadores que pouco ou nada conheciam do Benfica, veio desvirtuar um clube com uma identidade muito própria. No plantel actual, os portugueses não representam sequer um terço dos jogadores.
Todos estes erros levaram à detruição financeira do clube, o Benfica perdeu credibilidade e força no mercado. A impaciência e intolerância contaminaram o glorioso e retiram discernimento às lideranças. É imperioso perceber e entender o passado, para que, o futuro seja construido de forma diferente.
1. Ausência de um projecto
Despedindo e contratando treinadores ao sabor dos resultados, passaram 20 anos sem que exista um projecto definido do que é o futebol do Benfica. Foram 17 treinadores, em 21 períodos diferentes, com personalidades distintas, conceitos de jogo diferentes e vários métodos de trabalho.
2. Equipas desfeitas
Com tantos treinadores caiu-se no erro de satisfazer as suas vontades, menosprezando o trabalho anterior. Paletes de jogadores chegavam todos os anos, desfazendo equipas feitas, com especial relevo para duas ocasiões. Em meados da década de 90, o Benfica rompe definitivamente com a mística ao dispensar, Veloso, Paneira, R.Águas, Isaías e Mozer. Mais, recentemente, o desfazer de uma equipa que regressava aos titulos, Tiago, M.Fernandes, R.Rocha, Simão e Petit.
3. Formação em colapso
As constantes mudanças e, a crescente necessidade de ganhar, levaram a que a formação fosse esquecida. O Benfica não consegue colocar nenhum talento da formação , na equipa principal e, os titulos tem escasseado também na formação. Para isto, muito contribuiu o facto de, no final da década de 90, terem acabado com as equipas B e C da formação, tendo fugido talentos como Miguel Veloso e Rubén Amorim.
4. Conflitos internos
Ao longo dos 20 anos, o clube tem acumulado diversos conflitos com jogadores que se traduziram num claro prejuízo para o Benfica. Culpabilizar apenas os jogadores é demasiado redutor, a verdade é que se perderam grandes talentos, Paulo Sousa, Hugo Leal, Edgar, J.V.Pinto, Maniche e Manuel Fernandes, sem que se tirasse o devido proveito.
5. Politica de empréstimos
Entrando uma media de 11 jogadores por época, criava-se um enorme grupo de excedentários, com necessidade de colocação. O jogador que caía no lote de emprestados, apenas via a sua desvinculação ao clube adiada. O Benfica não tira proveito dos emprestados, por culpa da sua estratégia, ao não existir cuidado de os colocar em clubes com fragilidades nessa posição ou, em clubes que permitam a sua adaptação ao nosso futebol.
6. Prospecção mal preparada
Ao longo deste tempo, no que respeitou a contratar jogadores, o Benfica decidiu encostar-se aos empresários ficando sujeito às suas imposições e negociatas. Esta situação levou ao abandono do gabinete de prospecção, que não conseguiu captar nenhum talento e, revelou muita falta de conhecimento do mercado.
7. Desportugalização
Num clube que precisou de uma Assembleia Geral, para autorizar a contratação de estrangeiros, é inacreditável o que se têm passado nos últimos anos. A espiral de contratações de jogadores que pouco ou nada conheciam do Benfica, veio desvirtuar um clube com uma identidade muito própria. No plantel actual, os portugueses não representam sequer um terço dos jogadores.
Todos estes erros levaram à detruição financeira do clube, o Benfica perdeu credibilidade e força no mercado. A impaciência e intolerância contaminaram o glorioso e retiram discernimento às lideranças. É imperioso perceber e entender o passado, para que, o futuro seja construido de forma diferente.
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